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quarta-feira, 17 de março de 2010

A Irmandade: Parte I - O Julgamento

--Silêncio todos, seus animais...

*PAF* - fez grande mão de lorde Maximilian ao bater sobre a mesa do tribunal...

Ele estava em pé e ofegante... Seus olhos estavam estalados e ele babava de fúria exibindo seus caninos grandes e amarelados pelos charutos que fumava em demasia quando nervoso...
Samael largava o pescoço do jovem que estava amarrado sobre uma cadeira ao meio do salão, ajeitando seu fraque e concentrando-se para não arrancar-lhe a cabeça naquele mesmo instante. Naquela época Samael já era um anarquista pensador, mas as noites ao lado de algumas amigas Brujahas lhe renderam algumas poucas ganas, mas ganas, de bater e depois perguntar.

Aquele tribunal montado fervia... Garous e vampiros lado a lado tentando debater diplomacia... A inocência vampiresca daquela época era tão falha... Tão medíocre...

Eram separados por lado... Garous do lado esquerdo e vampiros do direito... No meio havia uma grande mesa, aonde sentavam os dois membros mais antigos de cada clã. Lorde Yousellf Brandielinfs, um nobre nórdico, representante esloveno dos vampiros e lorde Maximilian Proutestinat, o garou mais antigo do clã. Maximiliam era temido por sua idade... O mais antigo de todos os antigos já havia visto maximilian em vida. Sua idade era tanta que diziam que seus pêlos já eram cinza ao invés do tradicional melaço... Mas isso não mudou seu pensamento... -preferia garras e presas afiadas a uma palavra bem dita!-

O salão era considerado território neutro, todos entravam sem armas, revistados um a um pelos dois seguranças na porta principal. Claro, para manter a “diplomacia”, um garou e um vampiro. (Apesar, claro, de haverem nas montanhas próximas a leste um exército garou e nas florestas do sul um exército vampírico... prontos para bradarem espadas e garras ao menor sinal de batalha dentro do salão). Mas ambos os lados, dentro do salão preferiam fazer-se “desconhecidos deste fato” para tentar manter a neutralidade.

Lorde Maximiliam por um instante acalmou sua matilha, fazendo-os calarem-se. O Clã de Yousellf, treinados e acostumados com o anarquismo, apenas concentravam-se a tudo e cochichavam entre si, sem alardes como os lobos. Samael era o único que andava ao meio do salão. Era eleito mais uma vez, por seus conhecimentos jurídicos e por seus dotes “investigatícios”, aprendidos com um bom e velho amigo assamita em segredo, o Advogado de acusação.

--Que siga o Advogado de acusação... Falou calmamente Yousellf ao beber mais um gole do cálice de sangue enquanto se compunha e sentava-se Maximilian...
Samael andava em torno do jovem rapaz... Apenas seus sapatos com taco de madeira eram ouvidos naquele momento... *Toc... Toc...Toc* Calmamente se aproximaram do rapaz e parou a sua frente...
O jovem estava encharcado de suor... Temia por sua vida, afinal era um humano...
Samael inclinou-se próximo do rapaz com suas mãos para traz...
--Então, Você segue negando ter sido visto pelos nossos informantes em uma reunião dos humanos?
--S.. sim... *disse o rapaz ofegante e apavorado...*
--isso é uma calúnia... nu..nunca trairia a irmandade...
Samael olhou-o e bradou alto:
---De nihilo nihil...
Os garous entraram em fervo...
--Mas o que ele diz?
–Está falando em códigos...
–Mate este desgraçado...
Samael apenas sorriu de canto de lábio olhando para os garous...
--Nada vêm do nada, meus amigos... É latim!
Voltou-se ao jovem num movimento brusco:
---E Por isso está aqui hoje! Você foi visto, admita que traiu a irmandade!
--Eu... eu... fui obrigado... Eles descobriram... Tive que fingir ser um espião...
--E de fato foi seu miserável... *PAF* fez o tapa que Samael deu no rosto do rapaz, abrindo-lhe um talho na bochecha devido ás unhas grandes.
O Tribunal mais uma vez ferveu...
--Mate-o... Mate-o... Gritavam os garous ao passo que os filhos de Yousellf murmuravam entre sí escondendo as bocas com as mãos...
---Silêncio seus animais... gritava mais uma vez Maximilian em pé sobre a mesa, aos seus filhos...
Ele entendia que era fato, que o jovem era culpado... Havia entregado a irmandade aos humanos, mas entendia também, naquele momento, que descobrir o que haverá sido entregue era mais importante...
--Prossiga, filho de Yousellf... Disse Maximilian a Samael...
--O que você disse aos humanos?
--Eu..eu... Apenas disse que a irmandade existia... Que lobos e vampiros andavam entre nós... Fingi ser um informante para manter minha vida...
--E o que mais você contou...? Perguntou Samael...
---Mais nada... Juro por deus! *Disse o jovem frenético e com cara de sincero*
--Nihil sine Dio... Falou Samael rindo...

Yousellf Sorriu de canto de boca lembrando-se desta frase “O pouco com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada.”. De que adianta mortais apegarem-se a deus, se o próprio deus nos fez assim... Maximiliam o observava de rabo de olho, meio desconfiado das tais palavras em outro idioma...
O tribunal foi recomeçar a murmurar e ouviu-se o Jovem Gritar...
-AAAAAAaaaaaahhhh... Até esmorecer e sua cabeça cair para o lado...
Ele sangrava pela boca... Atrás dele, de pé, com a mão atravessada sobre seu peito estava Blackyard, o Braço direito de Maximilian...

Todos levantaram-se frenéticos sem entender nada...
--De que adianta ele viver mais, se já sabemos que ele nos traiu... *Arrancou sua mão feroz, derrubando o jovem ao chão, com cadeira e tudo...
Todos ficaram catatônicos com aquela ação... Ninguém esperava...
Os garou começaram a uivar e a gritar frenéticos... Enquanto alguns vampiros gritavam o erro que o garou havia feito... Como descobririam mais informações...
Samael achou a atitude muito precipitada... Ele e Blackyard Olhavam-se olhos nos olhos... Parados, sobre o meio do salão...
Maximilian gritava aos garous novamente e Yousellf apenas fitava a cena reflexivo...
Samael apenas pensou alto, por um segundo...
- Dum felis dormit saliunt mures... E traduziu-a á besta selvagem a sua frente...

-- Enquanto dormem os gatos, agem os ratos...!

"...PASSAGENS DO DIÁRIO DO VAMPIRO ANARQUISTA, LIVRO I – MEDIEVAL: “A IRMANDADE – PARTE I – O JULGAMENTO” - SOBRE A IRMANDADE DAS CRIATURAS DA NOITE PELA SOBREVIVÊNCIA – A QUEDA DA VILA DE MATTHIENIZ, O ROMPIMENTO DA IRMANDADE E A PRIMEIRA MIGRAÇÃO DE SAMAEL...”

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